Marcas
Suponho que deveria fazer algum tipo de reflexão, talvez transbordando de optimismo, esperança, culminando numa frase com uma mensagem que o faça pensar, meditar, mas não vai ser assim, porque, pelo menos de momento, o que mais me invade é a demissão.
Talvez pense que é por causa das datas que nos aproximamos, datas em que, de repente, se encontra com quase estranhos de todo este ano, em que mal cruzou uma palavra, uma mensagem ou pelo menos um pensamento, desejando-lhe com efusividade, que para mim pessoalmente, me assusta, que, eles desejam-lhe com efusividade, que me faz temer, que, eles desejam-lhe com efusividade, que me faz temer, que, eles desejam-lhe com efusividade, que me faz temer, receio que, desejem-lhe a mais incrível sorte, que esteja com a sua família, que o seu trabalho corra bem, e alguns outros, principalmente homens, desejem-lhe que continue a ter uma grande vida sexual, talvez eu deva dizer a estes últimos…. bem, eu não lhes direi nada, porque eles também não vão acreditar! !!.
E digo resignação, não com a tristeza que se pode atribuir à palavra, mas com aquela realidade que me acontece ultimamente, a de ter aceite todos os momentos que vivi, o segundo actor em todas as histórias que contei, talvez o actor principal em algumas, talvez quando não queria ser, não sei, mas se sei alguma coisa, vivi-os com aquela tranquilidade de que não havia outra forma de o fazer, com a ideia de que era a correcta, ou talvez com a que eu pensava ser a correcta.
Tudo isto, todos aqueles momentos ficaram na minha memória e alguns deles deixaram uma marca no meu corpo, cicatrizes de acordo com o dicionário, lembretes em ocasiões de apostas de tudo ou nada, e tanto na vitória como no fracasso, deixaram a sua marca particular.
É fácil recordar, depois de algumas doses de tequila, o tubo quase acabado e o sol a desaparecer no céu, para subir a corrente das memórias vividas, marcas por vezes desvanecidas pelo tempo decorrido ou pela brevidade do momento que as causou, como as outras, sem relação com o tempo, algumas causadas quando eu mal tinha aprendido, geminadas com as mais recentes, marcas ou cicatrizes que mal se consegue distinguir uma da outra, porque a sua cor, a sua textura e mesmo o lugar que ocupam, são praticamente idênticos.
Talvez eu não esteja resignado, talvez esteja apenas a fazer um breve resumo, não deste ano que está a acabar, talvez esteja a lembrar-me do que me fez ser quem sou, quem, quando, porquê, como, qual, quanto?
Talvez não penseis, mas a verdade é que me orgulho, mais das minhas tentativas do que dos meus sucessos, dos meus feitos, porque quando os consegui, bem, quando os consegui eles ficaram ali, naquele canto particular do meu ego, mas aqueles que não consegui, aqueles que continuei a tentar, uma e outra vez, aqueles que deixaram mais de uma cicatriz na minha pele, na minha própria alma, aquelas tentativas que ainda hoje tenho pendentes, aquelas, aquelas que me fazem continuar a ser quem sou.
É chocante que eu comece esta página com uma certa tristeza versus resignação, e termine estas linhas com orgulho nas minhas acções, talvez para recordar o que fizemos, não só este ano, mas no nosso maior sucesso pessoal.
Ter vivido.
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